segunda-feira, 18 de outubro de 2010

A vida começa agora

"Você já olhou fundo, Fixamente para você mesmo?"

Vivo procurando respostas pra perguntas que eu mesmo nao conheço ao certo. Nada de "Porque estou aqui?" nem nada do tipo. Mas tenho me perguntado se eu faço diferença na vida de alguém.

Quer dizer...há pessoas importantes pra você, pessoas pelas quais voce faria qualquer coisa, mas que parecem nao se importar tanto com você, não lembram de você, não falam de você como fazem com outras pessoas.
Sabe, por tantas vezes eu tentei fugir, me afastar dessas pessoas, só pra ver se elas sentiriam minha falta, só pra ver se viriam atras de mim como eu fiz com elas. Mas nao foi bem assim que aconteceu.

Eu segui um caminho diferente e adivinha? Me reprimiram, mas não perguntaram o porque eu estava fazendo isso, não deram muita atenção ao fato.

Odeio ser invisivel desse jeito. Odeio ser indiferente deste jeito. Odeio ser eu. Odeio sentir isso por causa de tão poucas pessoas.

Não é como se todos fossem assim comigo. Tenho ótimos amigos, companheiros de verdade [tipo a tia Gaby e o tio Felipe]. Mas aqueles que estão mais proximos nao aparentam se importar com o que acontece comigo.
Talvez isso seja egoismo de minha parte. Talvez eu nao esteja vendo as coisas direito, mas é assim que me sinto, não é como se eu pudesse controlar isso .__.

Eu tentei mudar, tentei não me importar mais com isso, mas nao esta sendo fácil, não estou conseguindo sozinha.

Pensando melhor no assunto, acho que estou com ciúmes. Ciúmes de não ser sempre eu que estou lá. Ciúmes de não ser a única na vida de alguém.

Mas o que posso fazer? Não é como se eu gostasse de sentir isso, nem como se eu pudesse controlar. Acho que todos temos ciúmes de alguém, ciúmes de quem amamos. Quanto maior o amor maior o ciúmes, acho que deve ser mais ou menos assim que meus sentimentos funcionam. Acho que é isso que devo trabalhar melhor. 

Entender que não sou a única nem nunca serei. O mundo é grande demais pra apenas uma pessoa ser importante.

Agora só me resta seguir em frente, erguer a cabeça e sorrir, porque, como diz a musica, “Você vai sobreviver de alguma maneira porque a vida começa agora”.

sábado, 16 de outubro de 2010

Noite Vazia

Engraçado como algumas palavras nos machucam.
Estranho perceber que algumas pessoas têm a capacidade de nos machucar mais do que outras usando exatamente as mesmas palavras.


Como diz a musica "Eu acho isso meio engraçado Eu acho isso meio triste"

As vezes apostamos demais nas pessoas. As vezes procuramos apoio na pessoa errada. As vezes nos desesperamos sem motivo. E, quase sempre, fechamos os olhos para a verdade, com medo do que ela vai nos mostrar.
Tapamos os ouvidos para as palavras do mundo. Fechamos a boca para aqueles que estão dispostos a nos ouvir.

As vezes desistimos cedo demais. As vezes prolongamos um sofrimento desnecessário.

O mundo parece tão injusto, tão assustador. Somos tão indefesos, fracos.

Palavras confusas, mente assustada, vida frustrada.

Fazemos loucuras por amor. E amamos por desespero.

Sempre achei que, assim como os sonhos e a esperança, o amor não pudesse ser comprado. Mentira! Sempre há como compra-los.

O valor? Depende da pessoa. Alguns querem em dinheiro. Mas eu? Eu quero consideração, companhia, acolhimento, carinho.

Você pode achar que isso não é comprar, mas eu discordo. Ninguém ganha seu amor por nada. eles fazem algo para ganha-lo, quase que um investimento, uma espécie de compra.

Pessoas normais me acham estranha. Pessoas estranhas acham isso normal. Mas afinal, o que é normal e o que é estranho? Há quem diga que normal é aquilo que é da maioria. Mas quem garante que a maioria não esconde, não mente?

Caminhos

É tão bom se sentir querido. É tão difícil quando a gente se sente esquecido.

Como lidar com a dor e o sofrimento quando nos sentimos sozinhos? Precisamos de um chão, um apoio, mas vagamos cegos.
Não sentimos nada a nossa volta a não ser esta ausência. Não vemos nada por causa desta cegueira.

Mas afinal, o que causa essa cegueira? Seria o medo de uma aproximação? A dor de já ter sofrido uma traição? Ou simplesmente a covardia de abrir os olhos e ver o mundo nesta crua dor?

Quando pequenos não nos importamos com o mundo, não nos importamos com nada. Talvez seja por isso que as crianças sejam tão cruéis, não se importam com as consequências. Mas a partir do momento em que amadurecemos o pensamento passamos a nos importar com tudo. Temos dúvidas, incertezas, medos. E é ainda mais difícil lidar com tudo isso quando já viemos sequelados de nossas infâncias.

Aqueles que são obrigados a amadurecer cedo demais por conta de algum trauma ou alguma outra situação cruel têm, em minha percepção, dois caminhos que podem trilhar. ambos são solitários.

Um, acredito eu, seja o da responsabilidade e maturidade. O outro é o do medo e da incerteza. Um nos deixa forte emocionalmente, o outro te deixa frágil e indefeso.



Texto antigo e inconpleto